sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Latejante dentro de mim



Tu me ensinaste tanto!
Antes eu era uma criança mimada,
No entanto ao te desejar conheci o meu corpo,
Depois senti o que é ter desejo pela pessoa amada.
Então de criança aprendi a ser mulher,
De mulher a ser amante,
De amante a ser cúmplice,
De cúmplice a ser insana,
De insana a ser profana.

Tornei-me poetisa,
A cantar o amor,
A chorar a dor.

Despi dos meus medos,
Criei novos segredos.
Fui ao céu.
Visitei o inferno.
Mas tudo tão intensamente,
Que as vezes sentia morrer lentamente.

Um dia...
Eu vi desnudar tua pela,
A mistura de nossos corpos.
Eu senti o gosto do teu suor,
Visitei teus caminhos mais íntimos com minha língua. Que audácia!
Senti o calor de teu corpo,
E a suavidade dos teus lábios a percorrerem meu recanto.
Muita sensualidade, entrega e ternura!
Alucinantes os teus movimentos, eu me encanto!
Tua voz rouca sussurava palavras loucas.
Sinto-ti latejante dentro de mim,
Último estremecer, beijas-me os lábios com sofreguidão,
Minha unhas rasgam tua pela, tu gritas e eu grito.
Gritos de amor, gritos por puro prazer. O gozo enfim!


De repente acordo,
Suada,
molhada,
trêmula,
Não acontecera nada,
Foi tudo um sonho.
Um belo sonho com a pessoa amada.

Volto a deitar,
Com as mãos me toco com jeitinho,
Meu pensamento me arremetem a ti,
E assim permaneço até dormir,


ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 28/09/2007
Código do texto: T671590