quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Amor de outrora



Trago comigo o coração desfeito
Tamanha a dor explode meu peito
Faz-me seguir sem alento
O desencontro me espreita atento.

Foste tu que me feriste! E o fez sorrindo.
Choro o peso de uma desilusão,
Choro o amor que mataste de mansinho.
Choro a dor de uma paixão.

Outrora construímos sonhos
Dividimos a mesma ansiedade.
Agora na palidez da solidão
Transpiro saudade.

A noite chega cansada, sem o luar.
Reveste-me como uma mortalha.
Cerro os olhos inundados pelas lágrimas
E a tristeza em mim se espalha.

A minha alma doente,
Não sente que o tempo passou.
A minha boca ainda mente,
Jura que não te amou.


E sem crenças, sem fé, sem ternura
Perdida no caminhar pela vida,
Quiz te dar minha essência pura,
Abri-te o peito e fui mortalmente ferida.
Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 20/01/2010
Código do texto: T2041111

Sempre tua




Ainda que não me queiras

Sigo vagando no teu caminho

Ainda que não me enxergues

Espero pelo teu carinho.


Com passos tristes

Eu sigo o meu destino.

Mas meus olhos

Só enxergam o meu menino.


É assim que sou,

Mesmo sem ti na minha vida.

Sou ave ferida,

Flor que o vento levou.


Ainda assim, vago pela rua

Murmurando baixinho teu nome,

Apesar da dor que me consome,

Serei sempre tua.

Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 20/01/2010Código do texto: T2041015