quarta-feira, 12 de março de 2008

Cadê meus óculos?

Quero ver o horizonte
E não quero cair na ponte.
Quebrando minhas asas
Em cima das casas.
Cadê meus óculos?
Senão vou ficar parada,
Na esquina da vida.
Não haverá partida
E nem comemoração
Com vinho na taça.
Ops! Preste atenção!
É taça com lucidez,
Para agradar meu homem,
Meu freguês.
Cadê o meus óculos?
Para ver o carro em
que vou amar da próxima vez.
Na cama está minha sina,
Que me acompanha até na piscina,
Em noite cheia de luas
Trazendo as verdades cruas.
O desamor que me leva a loucura
Cadê meus óculos?
Até quando irá essa procura?
Já sei. Vou enxergar com o coração.
Assim ninguém será ladrão,
Levando-o de mim
E me deixando assim....assado,
Amanhã será passado.

Hoje estou assim:




Sem beira,
nem eira.
Sem alegria,
nem magia,
Sem vontade,
nem saudade.
Sem lembrança,
nem esperança.
Com chuva no coração.
Com medo da solidão.
Com tristeza na alma,
Com raiva no peito que não acalma.
Mas isso é só hoje,
Amanhã para a vida estarei batendo palma.

Curtas: Pedinte

Sou pedinte na rua.
Sem chão para pisar.
Até mesmo minha amiga lua,
Resolveu me abandonar.

by mel

Minha sede

Cega e tateando
vou caminhando.
Asas partidas,
Não permitem voar.
Em cada esquina
de cada lugar,
busco a lucidez.
Sem saber do estrago
Que o desamor fez.
Mas é minha sina
Desde menina
Não "saber em qual rua
minha vida vai encostar na sua."
Então prossigo,
Sozinha eu sigo,
Com minha loucura.
Taça de vinho,
De sangue e lágrima
Saciam minha sede,
Na jornada à sua procura.