segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Jóias novas



Atenção galera! As lojas da Barbara Strauss - Flamboyant e Goiânia Shopping - estarão com peças novas nesta semana. Vamos lá conferir.

O Cravo e a Rosa



A noite clara trazia a companhia da lua em todo seu esplendor. Estrelas brilhavam completando a beleza do cenário.
Rosa, moça bonita, prendada e de bom coração, debruçava na janela com uma fisionomia contemplativa, tão diferente da sua postura altiva!
Apesar da aparente calma do seu rosto, seu coração estremecia de tristeza. As lembranças do momento de amor que tivera com o Cravo eram motivos de prazer e dor. Um sorriso nasce de seus lábios. Uma onda de calor toma conta do seu corpo. Revivia todo prazer sentido. Os toques íntimos, as juras secretas, o beijo selando um amor outrora eterno e que agora a remetia para o inferno.
De repente uma lágrima teimosa e fria molha sua face. Rosa lembra que não há mais depois. O Cravo tem sua vida, sua realidade e seus amores. Ela fora apenas uma a mais.E isso era a razão de suas dores
Então no silêncio da noite, Rosa sufocada pelo sofrimento, deita nua no chão, segura firme um punhal e com golpe certeiro penetra o doce coração.

Bem longe dali, o Cravo, tendo desfrutado os braços das meretrizes, repousa depois de esvair-se em gozo. A vida lhe sorria, da Rosa nem uma mísera saudade sentia.
Mas alguém chega com a trágica notícia: a Rosa tirou sua vida! E assim, o Cravo mergulhou numa tristeza sem fim.
Até hoje, quem passa por aquelas bandas, escuta seus lamentos. É uma alma perdida que busca consolo em outros jardins. Perdeu o viço, a alegria e a esperança. Como um louco vive murmurando a todos que o encontram, expondo sua alma amargamente ferida:
-“Não deixe sua rosa verdadeira por falsos botões que encontrar na vida”.

E a Rosa perdida na escuridão carrega a sua cruz, chora sua extrema covardia, pois ao tirar a vida perdeu o direito à luz.

Mel L Frankust

Publicado no Recanto das Letras em 24/06/2008
Código do texto: T1048829