segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Odiar-te, como posso?



Odiar-te, como posso?
Se morei dentro de ti,
E tu, amado meu, dentro mim!
Fantasia que não se apaga, não tem fim.

Tu não irás encontrar pela vida afora,
Amor tão forte que quando chora,
Sangra e fere meu peito, ó olhar marmorizado!
Espadas cruéis são as lembranças do que foi sonhado!

Da vida tu roubaste o encanto,
Pois o que era gozo, ardente e vibrante,
Afoga-me no mar da tristeza, cheio de pranto.

Quem me dera ser gelo, granito.
Com o coração talhado em mármore,
E tu vaga lembrança dentro do meu infinito.

ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 05/11/2007
Código do texto: T724472