1 -Quando mais precisei de mim, eu estava em ti. Quando mais precisei de ti para me encontrar, tu me viraste as costas. Agora vagando sem rumo pergunto aos céus, onde estarei? Onde estará meu porto seguro? Como me encontrarei?
2- Louca! Já me chamaram várias vezes. Nunca se deve fragilizar diante de alguém! Já me disseram várias vezes. Ame você me primeiro lugar! Já tentaram me convencer. Agora eu me pergunto vagando nas ruas estreitas da solidão, por que fui tão surda? A resposta vem em forma de uma lágrima densa, mostrando que naquela época eu não estava preparada para ouvir. Era necessário que tudo acontecesse, para que eu me tornasse o ser que sou.
ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 11/10/2007
Código do texto: T689359
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Faz de conta que o país é sério...
Muitas vezes por ser poetisa e jovem, as pessoas passam a nos olharem como alienadas da realidade dos fatos que acontecem com o nosso país.
Então resolvi escrever um artigo sobre a política brasileira, embora não seja nenhuma especialista, costumo acompanhar, criticar e muitas raríssimas vezes aplaudir, infelizmente.
Devo confessar em primeiro lugar que sou apolítica, pelo menos como a vejo ser praticada no Brasil.
Estamos no segundo mandato do Presidente Lula, coisa que jamais pensei acontecer, então tive a primeira lição séria, em política tudo é possível.
Já tive grande respeito pelo partido PT, achava bonito os “companheiros e companheiras”, mas hoje percebo que tudo que achava crível, pela minha juventude , na romântica história de um nordestino que amava seu país, acima do gosto pelo poder, não passou de um conto que alimentou mais uma vez as esperanças do povo brasileiro, que é crédulo ou acomodado, não sei bem.
Uma noite, quando acontecem esses cochilos diante da televisão ouvi um Senador, se não me engano é o Sr.Arthur Virgílio, dizendo “que o Presidente não cortou o dedo, cortou a própria carne, como costuma dizer. Não foi o dedo, foi a alma para vendê-la em troca do poder”. Não sei se ele estava referindo ao "nada vi", "nada sei", ou se era algo mais podre, pois já não constumo dar crédito a político nenhum.
Alguém pode me dizer que a economia do país vai bem, obrigada! E eu me questiono: o país está menos violento? Menos faminto? Aumentaram as frentes de trabalhos? Ou institucionalizaram a esmola em uma política paternalista e de escravidão?
Eu posso até ser considerada parte da “classe média” do país. Aliás classe que não existe mais. Hoje somos ricos e pobres (os miseráveis nem contam) , ou senão em outra classificação mais justa, somos os” que roubam e os que são roubados”.
Então não é que eu seja alienada, mas falar de política na atual conjuntura é cair no senso comum. Ficaremos indagando: até quando vai faltar moralidade aos políticos? Até quando nossa malha rodoviária vai agüentar antes do colapso? Colapso esse que afetará toda econômia. Até quando a barganha do poder imperará sobre os interesses do povo? Até quando os programas populistas irão substituir uma política séria de educação? Até quando veremos a massa no serviço público aumentar, enquanto nós pagamos a conta?
Eu não sou a favor ou contra esse ou aquele partido, sou uma cidadã alemã, que veio para o Brasil com poucos meses de idade e aprendi a gostar desta terra como sendo minha pátria, contudo me enoja a falta de comprometimento dos políticos para com seus eleitores, e a falta de seriedade dos eleitores na hora de escolherem os seus representantes. São torcedores, como em uma partida de futebol. Só esquecem que aqui o povo será sempre perdedor e por goleada. Mas não importa, afinal é "o meu partido que ganhou". Quando ao povo? Quem se importa? Ele mesmo não se importou na hora de votar!
Enfim embora não hajam rimas, nem versos, é apenas o que posso sentir e escrever neste momento, sobre este assunto que é instigante e intrigante, mas infelizmente ainda um discurso pouco inteligente.
ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 10/10/2007
Código do texto: T687955
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