segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Lamento de um poeta
De repente as palavras se foram,
Perdi a magia,
Sem canto de dor,
sem alegria.
Não sou mais poeta,
Minha rima me deixou
O meu dom de profeta
No meu íntimo se calou.
Perdi minha identidade,
Na solidão busco me encontrar
Nem mesmo a saudade
Consigo poetar.
Estou seca, sem brilho,
O verso que tanto acalentei
No meu colo como um filho,
Sem ele fiquei.
Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 23/02/2009
Código do texto: T1453356
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Um triste amor
No espaço reinava a estrela,
Não tinha quem não visse a sua beleza.
Tristemente brilhava cheia de encanto,
Pois a noite escondia seu pranto.
Não havia sóis,
Não havia luas,
Não havia nós,
Nem recordações suas.
Perdida na imensidão,
Morreu de tristeza
E o infinito engoliu
Toda sua beleza.
De que adiantou ser assim,
Brilhou sempre na solidão
Acabando no fim,
Furtando-se as doçuras do coração.
Mel L Frankust Publicado no
Recanto das Letras em 07/02/2009 Código do texto: T1426642
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Eu e o tempo
O relógio marca o tempo no compasso das minhas emoções. Quando tudo está bem, o tempo faz o seu papel. Mas quando está mal, ele é lento e traiçoeiro, mesmo nunca mudando... São as minhas emoções que fazem uma leitura diferente.
Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 06/02/2009
Código do texto: T1425198
Eu e você
Vesti-me de paixão
Perfumei-me com desejo
A pele tornou-se o cetim,
Único tecido cobrindo a mim...
Tornei-me o descanso para seu corpo,
O abrigo para sua alma,
O refugio dos seus medos,
Onde você guarda seus segredos.
Você explora meus caminhos,
Frágil me torno com seus carinhos
Choro sorrindo da dor
Meu gemido é um grito de louvor.
Seu universo invade o meu espaço,
Eu me entrego sem pudor,
Nem sei mais o que faço
Somos a essência do amor.
Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 06/02/2009
Código do texto: T1424599
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
doce vingança
Tu deixaste tuas pegadas em mim
Marcaste-me como gado
Depois me mostraste o caminho para ir embora,
O que faço agora?
Tu me fizeste menina,
De ti inteiramente dependente.
Agora cobra da mulher,
A força, a capacidade de ir em frente.
Tu me pisaste sem piedade,
Arrancaste a ternura do meu peito,
Perdida no mundo da crueldade,
Sem nada para ser feito.
Caída estou,
Pássaro ferido,
Sem esperança.
Do amor nada ficou,
Apenas uma doce vingança:
Tu jamais serás tão querido!
Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 02/02/2009
Código do texto: T1418688
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