sexta-feira, 31 de julho de 2009

SENTIDO






O corpo dá o primeiro sinal
Outro dia vai acontecer...
Os olhos sentem o peso da vida
Sabem que é para viver.

A paz do silêncio ainda conforta a alma...
Mas a vida aflita espera os passos...
E as próprias tristezas motivam o caminhar...


Alguns passos já se fazem ouvir...
Vozes soam como música...
Espantando a solidão do escuro da noite que findara.


O corpo caminha pela estrada...
Dando sorrisos que não recebeu...
Ofertando ternura que não teve...


Se vier o sol, brilhará sozinho...
Se vier a chuva não conseguirá molhar o peito seco, árido...


E a consciência que tem uma estrada
faz caminhar...
Mas a desesperança não deixa enxergar onde o caminho quer chegar...


Ao ouvir o barulho de risos infantis e inocentes,
Faz acordar para o presente que se fez presente
Então a cabeça se ergue...
e o sentido da vida acabou de encontrar.
Pois lembrou que também era criança,
Não devia perder a esperança.
Significaria a morte em vida,
Presa pela grande ferida.

Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 01/09/2007
Código do texto: T633361

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Haikai



Levo você comigo

1. Um dia pensei ser eterna,
Mas focava apenas minha imagem, hoje sei!
Meu espírito que está de passagem.

2. Já tive medo da morte
Amargava-me os seus segredos
Pois falta-me encontrar meu norte.

3. Se a morte vier me abraçar,
Tenho tantas lembranças queridas para levar!
Que retribuirei sem medo e dor...

4. Não pense que a morte é o fim
Levo você comigo para a eternidade
Esperarei sua chegada, é o nosso destino enfim!

Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 29/07/2009
Código do texto: T1725278

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Quando a hora chegar





Encurralada na vida,
Exercito minhas asas.
Para quando a hora chegar,
Majestosamente saberei voar.

Serei um pássaro?
Serei um anjo?
Ou apenas uma lembrança,
em forma de mulher ou em forma de criança?

São tantos os mistérios!
Destemida ou insana,
Apenas sei que quero descobrir.

Quando na sua mortalha ela chegar,
Irei chorar, bem sei!
Mas não terei medo quando minha vida ceifar.

Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 24/07/2009
Código do texto: T1716444


Namastê.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O meu destino




Nos labirintos do dia,
Eu vivi magia.
Acreditei nos homens,
Acreditei na vida.
Fechei a ferida.

Cresci como pessoa,
Fiz da dor uma coisa á toa.
Resolvi ir em frente,
Misturar com gente.
Ter uma boa prosa
E sentir o perfume da rosa.

Senti a lágrima cristalina,
Lembranças da menina,
Mas agora que cresci,
Não que eu vá esquecer tudo que vivi,
Mas ser feliz... É o destino que escolhi!

Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 23/07/2009
Código do texto: T1714764

POEMA RESPOSTA



Acreditar é bom
viver magia também
é a vida ponto com
ou não seremos ninguém.

Cresce vira pessoa
vence grandes traumas
faz da dor coisa á toa
coração repressor de almas.

Lágrimas que correm no seu rosto,
alguém do céu vem enxugar
como menina seu caráter composto
procura com gente se misturar.

Corre, Nina, corre menina
para os braços do seu desejo
vai pra onde o coração inclina
faça do seu passado um lampejo!
(Yehoram)

quarta-feira, 22 de julho de 2009


Amor à vida

Sou um pedaço perdido,
Que pela vida foi esquecido.

Sou uma planta que luta,
Depois da seca, agradece ter sobrevivido.

Sou uma pequena parte do universo,
Um ser que tem medo deste mundo perverso.

Mas também sou amor, sou fé.
Com a certeza que sempre ao cair, logo estarei em pé.


Se meu corpo novamente adoeceu,
Não foi suficiente o que sofreu...

Não me entreguei da primeira vez,
Não será agora, mais forte o câncer me fez!

Se a vida me esqueceu...
Deus a mão me ofereceu.


Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 22/07/2009
Código do texto: T1712977

terça-feira, 21 de julho de 2009

ORAÇÃఓ ద MEL




Já agradeci pelo sol, pelo ar, pelo aroma e beleza das flores e pela beleza de amar?
Já agradeci pela lembrança na face dos doces beijos recebidos em dias floridos?
Já agradeci pela saúde física, mental e moral que conquisto dia–a–dia , numa construção perene e persistente?
E por sinal, já agradeci por esse teto, por esse chão?
Já agradeci pelo calor do corpo que pulsou coração no coração?
Já agradeci pela fartura da mesa, pelo alimento do corpo e do espírito carente?
Já agradeci pela fé na evolução diária?
Já agradeci pelos tropeços com os quais tanto aprendi?
Já agradeci pelos amigos presentes e pelos ausentes?
Já agradeci pelos desafetos que ensinaram o domínio da alma?
Já agradeci pelas tempestades que obrigaram o exercício da calma?
Já agradeci por ter recebido tanto perdão? E ter sido perdoada por
não conseguí-lo fazer na mesma proporção?
Já agradeci por todos os sentidos que me permitem perceber o irmão?
Já agradeci pelas mãos, terminais de energia, que o amor irradia?
Já agradeci pela vida, grande oportunidade que renova dia-a-dia?
Já agradeci pela minha juventude, pela minha inquietude e
por tantos momentos que Vossa misericórdia abrandou quando
me escravizei aos apelos da carne e desatinos do coração?
Já agradeci pelos valores modificados, onde o espelho não tem
mais tanto significado, que busco levar para meu espírito a
mesma aparência da minha vestimenta?
Já agradeci pelo passado doloroso que hoje não mais me atormenta?
Já agradeci pelas pessoas que colocaste em meu caminho, sendo
que algumas tive que deixá-las pelo sentido renovador da minha vida?
Já agradeci pelo meu Protetor, pela Vossa orientação e consolo nos momentos de solidão e dor?
Já agradeci por tantas sementes de gratidão, caridade e paz?
Já agradeci pelo bem que a Vossa verdade me faz?
Enfim, já agradeci, Senhor, pelo Vosso imensurável amor?

AINDA NÃO?

NÃO É INGRATIDÃO SENHOR, É A DIFICULTADE DE ENCONTRAR
AS PALAVRAS PARA TAMANHA MISERICÓRDIA.

Sinceramente, OBRIGADA!

Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 31/08/2007
Código do texto: T631982