quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Tua "rosa"...



Lembro-me: num estonteante desejo vão!
Pensar que para te foi que nasci...
Perdida busco teus olhos por toda parte,
Mas te vejo cantando em versos: que te perdi.

Que a fome de ti, cruel e áspera, se farte!
Trilhei um caminho e vou boiando ao acaso.
Entregue ao anseio dos meus braços para abraçar-te,
Louca febre das minhas mãos a procurar-te.

Ah Insensata! Vida afora alimenta os desejos,
Quer interferir no que já foi traçado
Continua cantando em versos,
Mesmo tu estando longe, o teu corpo abraçado!

Sinto, não minto! Perto da minha a tua alma.
Mas indiferente segues em busca da tua “rosa”,
Que terá os teus abraços, beijos, compartilhados com amor.
E eu? Sigo apenas condensando num grito a minha dor.


ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 28/11/2007
Código do texto: T756283

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Pálido Retrato





Caminhando descalça,
sinto a grama acarinciar meus pés,
penso na vida e vem a lembrança,
da nossa história o revés.
Como pude acreditar,
Num sonho tão louco?
Que vi crescer em fantasia,
e vivenciar, tão pouco!

O orvalho acorda meus sentidos,
Tento recordar de onde veio tanto desejo,
mas na minha memória os sonhos outrora preferidos,
mostra de você uma lembrança,
pálido retrato do dito grande amor
agora perdido entre tantas recordações
na gaveta do peito que guarda o que passou.

Deito no chão, olho as estrelas,
Pergunto para onde vão quando o sol aparece?
E assim foi nossa história,
uma estrela na imensidão do céu,
que se foi com o brilho do sol da realidade,
deixando um gostinho na boca da saudade,
Do que poderia ter sido,
se fosse verdade.

ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 20/06/2007
Código do texto: T534605

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Sapato Vermelho



Vou usar o vestido preto,
Que generosamente
O meu dorso mostra
Na frente há um decote
Deixando meu colo transparente.

Ah! E a fenda profunda,
Que minhas pernas desfilam elegantes,
Contornando bem meu corpo
Sensualmente mais do que agora,
mais do antes!

A meia calça cor da pele,
O colar um adorno dourado
Que carinhosamente abraça meu pescoço,
Quase posso sentir!
O brinco dourado também
Parece gota de orvalho pronta para cair.

No cabelo algo simples,
Um laço de fita, nada mais.
O perfume será especial
Para ser sentido e não esquecido jamais.

Agora vem a dúvida cruel,
Coloco meu sapato preto?
Mas toda vez que olho no espelho,
Satisfeita não estou.
Sinto falta do meu sapado vermelho.
Aquele que compõe nossa história,
Naquele dia que o perdi,
Você, meu príncipe, o encontrou
E eu, sua Cinderela, jamais esqueci!

Coloco o sapato,
Com o olhar turvo de lágrima,
Recordo aquele dia em que sonhar foi possível,
Enxugo a face, levanto a cabeça.
Saio a caminhar esperando que outro momento mágico aconteça!


ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 23/11/2007
Código do texto: T748529

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Seleção Brasileira de Futebol, Pátria Amada Brasil!

Assistindo o jogo da seleção,
Onde todos sentem as chuteiras no pé.
Fiquei imaginando o quanto é bonito.
Naquele instante o Brasil, um só coração ele é.

Não existe diferenças
de raças, sociais, religiões e crenças.
A violência se amansa,
O corrupção se descansa.

Com o grito de gol,
Não tem falta de dinheiro ou ricaço
Todos gritam juntos,
E se abraçam num mesmo espaço.

Somos alienados como dizem alguns? Até pode ser!
Mas é bonito de se ver: homens se abraçando sem preconceito e malícia
As mulheres tentando entender,
mas nem por isso deixamos de vibrar e torcer.

Vibram com o resultado, outros ainda querem mais do time.
Mas o juiz apitou, o instante mágico passou.
É voltar para a rotina do dia a dia,
E pensar na vida como um jogo onde vocês estão, onde estou.

Vamos ganhar gente?
Basta escalar no ataque lado a lado a razão e o coração.
No meio entrar com a tolerância, paciência e humildade
Nas alas com o humor e respeito a humanidade
Na defesa a grandeza da fé, o amor-próprio e caridade
Goleiro... Claro! Só ele pode salvar o time: o amor!
Lembrando que o jogo é na casa da humanidade: o planeta terra
O treinador é o Mestre atraves do seu exemplo e oração.
O Grande Nosso Senhor!
E ao desarmar a jogada do adversário lembrar... O outro é nosso irmão!


ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 23/11/2007
Código do texto: T748997

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Suas palavras

Ontem eu nasci, hoje me sinto lentamente morrer através das suas palavras, que se tornaram punhais frios e cortantes, sinto as lágrimas que levam toda minha inocência, mas amanhã será outro dia. Que seja bendito e eu possa renascer! Que venha com novos caminhos que eu possa percorrer! Pois a força que tenho jamais me permitirá sucumbir aos golpes da minha frágil existência. Eu lhe amei por inteira, hoje me rasgo para desvencilhar do veneno que esse amor jorrou nas minhas veias. Continuo lhe amando, mas não como homem e sim como poeta que soube derrubar todas minhas couraças.

ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 19/11/2007
Código do texto: T743234

sábado, 17 de novembro de 2007



- Quando o vazio chega é sinal que a trilha está errada. Pare e pense realmente onde deseja ir e então tenha coragem de recomeçar.

- Pagamos caro pela covardia de enfrentar uma mudança. Muitas vezes nossas vidas ficam tão rotineiras e sem sentido que não sabemos a diferença do dia e da noite.

- Um amor que machuca não é amor. É uma ilusão somada com a nossa carência. Então é olhar de frente e admitir que está tudo errado, passar uma borracha e começar a escrever nova história da nossa vida.

ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 17/11/2007
Código do texto: T741530

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Passear pelos teus segredos






Não te detenhas,
Venha em minha direção.
Siga o sentimento mais puro que tenhas
Deixe falar a tua intuição.

Venha meu amado... Amado só meu!
Há tempo que te espero,
Já não aquento o silêncio teu,
É de corpo e alma que te venero.

Tu não sabes o que ti aguarda,
Nas luxúrias do meu pensamento.
Sem pudor, sem medo, sem reserva.
Fazer a eternidade em um só momento.

Conhecer a tua pele, o teu cheiro.
Passear pelos teus segredos
Molhar-te por inteiro
Desvendar os teus mais íntimos medos.


ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 16/11/2007
Código do texto: T739439

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

brisa leve e perene



Hoje percebi que o amor que tanto me alucinava ontem era uma tempestade passageira. Não entendo porque deixei me ferir tanto assim. Agora meu ser aguarda a brisa leve e perene, que com certeza será meu companheiro para a vida inteira ou até o seu fim.


ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 14/11/2007
Código do texto: T737071

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Rajada de vento





Na pele esbarra,
Esfria o momento.
Palavras ao vento.
Lágrima represada,
Sangra inteira.
Dor impensada
Rajada certeira,
Olhar marmoriza.
Insano silêncio,
Pedaço de vida,
Que no chão eterniza.
Alma ferida,
Dois caminhos.
Acabou,
O amor fracassou.

ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 09/11/2007
Código do texto: T730510

quinta-feira, 8 de novembro de 2007




Fazendo Amor


Não há distância,
Pele na pele
O suor torna-se fragrância
Censura o instante repele.

Conhecem os caminhos
Percorrem sem pudor
São toques com carinhos
Que se abrem como uma flor.

O tempo passa por encanto,
Um no outro faz-se harmonia
O gemido fez-se o canto
O êxtase, descanso e magia.


ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 08/11/2007
Código do texto: T728202

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

I Love You




Não aprendi a lhe esquecer


Diga logo o que lhe trouxe aqui!
Fala que eu estou louco pra saber.
O que fez você mudar tão de repente?
O que lhe fez pensar na gente?
Por que voltou aqui?

- Louca eu estava quando segui a estrada,
Não olhando para trás.
Segui confiante que sobreviveria.
Não sabia o que o a saudade faz!

Fala que você não me esqueceu
Que a solidão não doeu só em mim
O que fez você mudar seu pensamento?
O que tocou seu sentimento?
Porque voltou aqui?

-Não aprendi a lhe esquecer
Tive outros amores,
Mas a sua lembrança latente e viva
Fez que eu rendesse diante das minhas dores.

Eu não posso acreditar
nessa mudança
Onde a fera vira santa
E quer voltar pra mim

-Eu sou a mesma de sempre.
Não mentirei para você.
E se estou voltando,
É porque não aprendi a lhe esquecer.

Será que foi saudade
Que lhe machucou por dentro
Que lhe fez por momento
Entender de solidão.

- A saudade foi um castigo,
Insana! Parti acreditando que seria fácil.
E agora me curvo pedindo que me aceite
Veja o que o desespero fez comigo!

Será que foi saudade
Que lhe fez quebrar a cara
Sou doença que não sara
Dentro do seu coração

-Quebrei sim, mas foi o meu orgulho.
Você está dentro de mim,
Assim como você continua a me querer.
Nós não aprendemos a esquecer.

Jorge Luis/MLFrankust
ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 07/11/2007
Código do texto: T727932

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Odiar-te, como posso?



Odiar-te, como posso?
Se morei dentro de ti,
E tu, amado meu, dentro mim!
Fantasia que não se apaga, não tem fim.

Tu não irás encontrar pela vida afora,
Amor tão forte que quando chora,
Sangra e fere meu peito, ó olhar marmorizado!
Espadas cruéis são as lembranças do que foi sonhado!

Da vida tu roubaste o encanto,
Pois o que era gozo, ardente e vibrante,
Afoga-me no mar da tristeza, cheio de pranto.

Quem me dera ser gelo, granito.
Com o coração talhado em mármore,
E tu vaga lembrança dentro do meu infinito.

ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 05/11/2007
Código do texto: T724472

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Anjo Negro

Angels




De repente tudo mudou,
Estranho acontecimento!
Segredos não revelados,
Faces marcadas pelo tormento.
Eu quase sem querer,
Lentamente envolvida,
Numa teia cruel de decepções,
O sangue rola em forma de lágrima
Em minha face ferida.
Anjo Negro, eis o que me tornei,
Fico a vagar na escuridão,
Para saciar meus desejos
Ou sugar escondidas paixões.
Já não tenho nada a oferecer,
Minha taça é de veneno e fel
Sou capaz de matar em um beijo,
Ou escravizá-lo pelo prazer.
Vingança pedindo ao céu!

ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 02/11/2007
Código do texto: T721086