terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Loucura



Chamam-me de louca,
Eu faço pouco caso,
Pois é coisa pouca.

Sou louca por que vejo ao avesso?
Por que não tenho medo de me confessar mendiga de amor?
Por que já sorri com a morte e brindei com a dor?
Por que fui molestada e não deixei morrer a criança em mim,
não me sentindo infectada?
Por considerar a ordem dos homens um tanto bagunçada?

Ou sou louca por ter crença além da vida?
Por que vejo você igual?
Nem bom, nem mal, apenas um ser humano normal,
que poderia estar no hospício se a sociedade
sentisse em você um perigo em potencial?

Ou sou louca por que vejo anjos e
Falo com os arcanjos?
Por que questiono muito,
embora ainda tenha vivido pouco?
Por que fiz opção pela vida quando tive câncer?

Ou sou louca por que sou tantas, a Nina,
a menina,
a mulher,
E quem mais Deus quiser?

Ou sou louca por que tão rapidamente me adaptei,
conheci vocês e gostei?

Ou são vocês os loucos por me aceitarem,
sem questionar, sem julgar, lindamente poetas?
Ou serão profetas e sabiam que preciso de vocês
para crescer, desabrochar e realmente VIVER?

Viva a loucura e que ela "seja perdoada" pois não dói,
É o combustível para as revoluções e transforma
o covarde em herói...

by Mel L Frankust
(2007)


Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (cite o nome do autor). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas