quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Pássaro ferido






Poetisa, a tua dor julgas sem igual,
Choras amargamente lágrima cristalina.
Por que te fizestes tão crente? Pobre menina!
Agora vaga como um espectro demente.

Fostes criança brincando com o destino,
Tua alma dolorida te faz parecer um pássaro ferido.
Destes dos teus lábios rosados a promessa de ardor,
Teus braços prometiam afagos ternos com amor.

Construístes um castelo de sonho para teu amado.
Onde os astros e espíritos de paz iluminariam teu enlace
E toda alegria do mundo estaria estampada na tua face.

Mas o mundo não é assim, nele se deve aprender e crescer.
“Ou pelo amor ou pela dor”, a escola da vida ensina a humanidade.
Aqui se dilacera o peito, julga e despreza sem piedade.

ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 25/10/2007
Código do texto: T709864

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