segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Ansiosa em sentir a tua pegada


Tu não sentiste no lamento,
O grito pela tua presença?
Ao maldizer o cinza,
Chamava o amante, o homem, o rebento!

Com poderia ser cruel ou ranzinza?
A menina dos olhos ainda gozava nua
Ardente em febril desejo,
Querendo entregar-te e dizer-te: tua, tua, tua...

O sol está em ti, poeta!
Era esse o lamento da mulher,
Tomada pela fome de tuas palavras, com a alma inquieta.

O que poderia pintar o céu de azul?
A tua tinta docemente derramada
No corpo nu da poetisa, ansiosa em sentir a tua pegada.

ML Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 10/12/2007
Código do texto: T772150

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